ALMOÇO EM FAMÍLIA

ALMOÇO EM FAMÍLIA

Há 20 anos atrás, era assim. As mulheres na cozinha, chefiadas pela minha avó e minha mãe, picavam coisas, misturavam, mexiam, riam juntas e trocavam confidências aos cochichos encostadas no frio da pia, ou no calor do fogão, conforme o teor da conversa. As crianças, correndo no quintal e preparando musiquinhas e pecinhas para apresentar para os adultos. Os homens, conversando e rindo alto na sala, conversando sobre suas paixões e interesses, desde o resultado do campeonato paulista até o carro do ano, ou o candidato mais acertado. Meu avô sentado no sofá, observando tudo. Muitas visitas, pessoas que não tinham família próxima ( às vezes, nem distante ), vizinhos, gente que vinha de longe e de perto conferir o barulho e a festa da minúscula casa da minha avó, que, por algum mistério, era grande o suficiente para abrigar as 30, 40 pessoas que baixavam lá no almoço do Dia dos Pais.

Os pratos eram muitos. As crianças iam pra mesa antes, era uma maneira de organizar. Depois do almoço dos 7 netos e seus pequenos amigos, era a vez dos adultos – 5 filhos, 4 noras, 1 genro e mais alguns sobrinhos, parentes, famílias. Tinha música, barulho alto, muita risada, muita conversa sobre tudo – política, religião, novelas, atualidades, sentimentos. Depois da sobremesa, o pudim de leite, era a vez de todos irem pra sala apreciar a apresentação que as crianças prepararam, e eram presentes e orgulhos para todos os lados. Depois, alguns iam cochilar, outros conversar baixinho, outros namorar, outros brincar, outros iam embora, mas nunca de barriga e nem de alma vazia.

Vinte anos e muitas voltas depois, um outro dia dos pais, outro almoço, o primeiro depois de um longo período de silêncio. A casa antiga da vovó não existe mais, pelo menos não para nós; agora, o lugar escolhido foi o apartamento do meu tio. A ausência do meu avô e do meu pai, e a impossibilidade de minha vó estar lá me fizeram pensar mil vezes antes de ir. Era bem provável que eu pudesse me magoar mais. Quando decidi que não ia, minha mãe disse:
– É sua família, menina malcriada. Você não tem outra, e nem vai ter. Tem que ir sim.

Para evitar problemas e as carradas de chantagem emocional de minha mãe, fui.

Agora, não são mais 7, mas 10 netos, alguns ausentes ( talvez não tenham mães tão eficientes no convencimento quanto a minha ), todos crescidos. O cheirinho da comida não era mais o mesmo, tinha algo diferente; mas era bom também. Fora do prédio, um frio enorme, e lá dentro, o calor do fogão aquecia a casa. Olhei para as pessoas, algumas eu não via há meses. Todas me pareceram velhas, muito velhas, inclusive eu, meus irmãos, meus primos. Não há mais crianças. Alguns dos meus tios abatidos, cansados. Minhas tias, minha mãe também. A doença de minha vó, a morte de meu pai e meu avô, o câncer que atacou dois dos meus tios, todos os sofrimentos, rusgas, mágoas e desentendimentos desses anos, estava tudo lá. Os problemas também. A falta de dinheiro, os planos fracassados, as dificuldades do dia-a-dia, que andam nos cansando tanto. Senti um peso no coração, um pressentimento, uma preparação. Tive vontade de voltar e ir embora, achando que o que me aguardava eram aborrecimentos, caras feias. Mas reparei, o apartamento era menor ainda que a antiga casa da vovó; e estranhamente, acolheu perfeitamente a todos. Talvez esse fosse um sinal que coisas importantes fossem acontecer ali, naquela sala.

Os jovens conversando sobre suas atribuladas vidas, seus planos – trabalho, namoros, internet, divertimentos; já não corremos mais, mas ainda sabemos brincar uns com os outros, e começamos a rir, a contar casos, a trocar idéias. As mulheres na cozinha, batendo pratos; cansadas, encomendaram alguns pratos na padaria; mas o que cozinhavam, pareciam fazer com muito amor. Os homens conversando, mas não falavam apaixonadamente sobre nenhum assunto, só amenidades. De vez em quando eu parava e olhava para aquelas pessoas, num saudosismo insistente, tentando reconhecer neles as pessoas de antes. E nada me vinha, a não ser quadros de antigamente, como fotos emolduradas e pregadas na parede, fotos amareladas, pras quais ninguém olha mais. Por um momento, achei tudo aquilo um esforço perdido.

Foi quando, antes da hora de comer, minha tia, a anfitriã, pediu a palavra. Agradeceu pela força que teve daquela família durante a doença do seu marido. Disse que amava os filhos. Que agradecia a Deus toda a força que tirou de onde nem tinha, e disse que aquele almoço era um agradecimento, e uma tentativa de lembrar a todos que, passasse o que se passasse, éramos uma família. Minha mãe, emocionada, levantou-se e na frente de todos pediu perdão a um irmão com quem não conversava há anos, e eles se abraçaram. Muitas lágrimas de todos, muito carinho, muito perdão, tudo muito sincero. Uma oração especial foi feita em homenagem aos pais que estavam na sala, e aos que não estavam também. Meu tio disse que não teria passado pelo que passou se não soubesse do amor, da torcida e das orações de todos que estavam ali. E a esposa dele disse, apontando para nós, “só sobrevivemos e criamos eles porque nos amamos. Não vamos nos esquecer disso. Nossos corações quebrantados é sinal do nosso amor.”

Senti falta do meu pai, queria que ele estivesse lá também. Mais falta ainda senti do meu avô, que não iria se sentar na ponta da mesa como o patriarca daquela família numerosa ( a mesa, agora, é pequena e redonda ). Senti também falta da minha avó, que ficou aqui em casa, deitada, mas que certamente adoraria ter visto todo o “povo” dela junto novamente. Mas, apesar dessas dores, ter ido ao almoço de dia dos pais da minha família só me trouxe boas lembranças, bons sentimentos, boas emoções, e vontade de realizar boas coisas. Pensei que todos esses planos mirabolantes que fazemos é uma grande bobagem, se não tivermos aquela paz que renasceu de repente ali.

Reconheço os traços daquelas pessoas nos meus traços. O cabelo enrolado, a cor da pele, os lábios grossos, os olhos castanhos. Reconheço também as marcas que eles sofreram, e que também ficaram marcadas em mim. Tanto medo, tanto amor, tanta emoção, tanta dedicação a mim, meus irmãos e meus primos. Reconheço as risadas, as manias, as coisas que eu repito sem perceber. Reconheço o gosto por cinema, por música, por falatório, por ser sentimental, como todos eles são. Reconheço a teimosia e a personalidade forte que eu tenho, e que cada um ali tem também. Reconheço os valores que eles me ensinaram, eles, pessoas imperfeitas, mas honestas, lutadoras, simples. E com esses exemplos, me ensinaram a viver direitinho. E eu percebi como é bom ter um lugar, uma história. Como é bom saber de onde se vem, e que, não importa para onde eu vá, sempre terei para onde voltar. Como é bom ter uma família. Não consegui dizer nada disso a eles, mas no abraço de cada um, vi que não era preciso. Eles sabem, eu sei. Sem eles, eu não seria quem sou. E apesar de todas as neuroses que brotaram dessa família, sem essa mesma família, o apoio e o amor dela, não me sentiria capaz de seguir.

Por esses dias, pensava com raiva nas repetições da vida, nos reencontros, nas coisas que pensamos enterradas, sufocadas, e que, de repente, reaparecem para mostrar que nada desaparece de fato; nada deveria voltar, eu pensava. Malditos os padrões que fazem escolher para mim coisas que eu não queria. Maldita essa carga que carregamos, de fazer histórias tão iguais, malditos esses círculos dos quais não podemos fugir, maldita a profecia do Belchior, de que somos os mesmos e vivemos como nossos pais. Maldito o passado que construímos, que nos aprisiona e que nos causa tanta dor, nos dá tanto medo de mudar. E pedi, não sei nem bem pra quem, que acontecessem coisas que me mostrassem que podia ser tudo diferente, que eu podia chutar tudo e ignorar a pessoa que eu era, o jeito que eu sou, e construir outra pessoa novinha. Era o que eu queria, era o que eu pensava. A resposta veio.

E hoje, vi que o tempo passa, e certas coisas não mudam. Existem laços que não se destróem, pessoas que não se afastam, amores que não se esvaem pelo ralo. Existem pessoas que lutam para ser felizes, algumas conseguem, outras não, mas todas podem recomeçar se conseguirem se lembrar de onde partiram. Vi que uma foto, um sorriso, uma lembrança, uma comunhão, são combustíveis para que não morramos de amargor nesse mundo que costuma ser tão frio, racional, calculista e solitário. E vi que meu sucesso, meu fracasso, minha vida é louvada, e é importante, senão pra mais ninguém, para eles, que me amam tanto, e a quem eu amo tanto também. Minhas conquistas têm valor, seja ela aprender a andar, saber recitar uma poesia, ter comprado o meu carro, trabalhar, ou continuar sendo apenas quem sou. A oração antes da comida, as mãos dadas, os abraços, as piadas, tudo continua no seu devido lugar. E que bom que é assim.

Hoje também, vi que o tempo passa, e certas coisas mudam muito. Mudam ao ponto de radicalismos bobos e velhas manias ficarem tão pequenas que nem aparecem. Mudam ao ponto de pessoas que não eram capazes de falar de sentimentos, hoje serem capazes de olhar no olho de um irmão e dizer que amam, que perdoam. Mudam ao ponto de sermos capazes de superar dores juntos que achamos que nunca mais iriam embora, ausências que machucam, mas não nos destróem, se tivermos onde nos apoiar. Mudam os objetivos, as atenções, as canções, as risadas. E que bom que é assim.

E no meio de tudo isso, o mais importante é mesmo o amor. E que bom que é assim.

Na saída, minha tia perguntou:
– Encheu bem a barriga, querida? Estava tudo gostoso?
– Enchi muito mais que isso, tia, obrigada. Tudo estava no ponto.

Quando saí, era o Chico quem cantava ao fundo dos papos que, agora, estavam muito mais animados. E ele cantava,

“E a gente vai se amando, que também, sem um carinho, ninguém segura esse rojão…”.

Não segura, não. Não MESMO.

34 comentários sobre “ALMOÇO EM FAMÍLIA

  1. Relato lindo, esse seu.
    Infelizmente, algumas famílias não são tão unidas; a minha, por exemplo. E confesso que também não me esforço muito, não. Vai ver a ruindade está no sangue; não sei dizer.

    Mas, teu post me fez pensar que tenho um tio doente pra visitar e que tenho outros tios e tias velhinhos também, que talvez fiquem contentes em me ver. Vou pensar nisso e quem sabe, me encha de coragem.

    beijão

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  2. Lendo isso, lembrando da sua mãe, que apesar de qqer coisa é uma mulher admirável, fico pensando, qta coisa boa teve que se juntar pra fazer uma pessoa assim, linda como vc é.

    Vc tem razão, uma pessoa sem família é um nada no mundo, por pior que ela seja. Eu tenho saudades imensas da minha… E me junto a vc nesse sentimento lindo de amor. Sei que eles estarão me esperando de braços abertos qdo eu voltar.

    Bjo enorme, esses seus lábios grossos são uma tentação. :)))))))))))))))

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  3. Poxa, primeiro chorei lá na Rô, agora aqui. Maravilha de relato o seu, Mafaldinha. Os laços de amor são indissolúveis, “mesmo que o tempo e distância digam não”, mesmo com todas as ausências que tanto lamentamos. Família é a nossa base, o nosso sustento. Comovente o seu Dia dos Pais.
    Beijos, querida.

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  4. Chorei…A cada vez que leio algo seu, parece que cresço mais um pouco…Ká…que bom seria se eu pudesse ter uma visão tão poética da minha família… Meu domingo de Dia dos Pais foi legal…em família também…mas uma nova família que se forma, e queira Deus harmoniosa…eu, Gabriel e seu papai…Quem sabe um dia encontro forças…pra reunir o restante…pai…mãe…tios e tias, avós…

    Beijão, AMIGA!

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  5. Karina, seu nome significa “querida”, “carinhosa”, e é isso que vc é, pela sua família, pelos seus amigos. Declaração de amor mais linda… Linda.

    Eu hj quase liguei pro meu pai, mas tive medo, e lendo seu texto, vi que estava errada. Vou desligar aqui e ir correndo lá dizer pra ele que ele é e continuará sendo meu pai, e que eu vou amá-lo sempre.

    Sei o qto vc sofreu e sofre com certas coisas que aconteceram, com essa ausência desse homem que vc nem conseguia chamar de pai, e agora fala com tto carinho. Foi um loooooooongo caminho, mas sinal que as coisas mudam, sim e q o esforço pelo amor sempre vale a pena. Eu vi o qto vc se esforçou pra ser melhor, o qto vc sofreu, amiga, eu vi! E olha aí o resultado!

    Te amo, minha amiga querida, te amo mto. Obrigada por td que vc me ensina, eu lhe sou grata do fundo do meu coração, e que esse amor todo que te cerca acalme seu coração!!!! Vc é uma pessoa linda.

    Bjo, bjo, bjo.

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  6. Retribuo as lágrimas que lhe “proporcionei”… em dobro.
    Sabe, querida, sou da opinião de que muito antes de sermos concebidos, escolhemos quem irá cruzar nosso caminho.
    E, certamente, a família está ainda mais no meio das pessoas escolhidas, porque invariavelmente temos que conviver com ela.
    Então, acredito que cabe à cada um de nós sabermos o papel que iremos exercer no meio dela.
    O meu já descobri. É meu peito e coração grandes para abrigá-los. Meus braços curtos, porém rechonchudos e quentes para abraçá-los.
    É só isso… mas é o meu papel.
    Acho que o seu, vc também já encontrou.
    Que bom!
    Um beijo grande!

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  7. Perfeita descrição. O sangue da família é uma força inexplicável. Tenho um primo em segundo grau,f ilho do meu primo, que não conheço pessoalmente, mas, de vez em quando escrevo pra ele, e, quando o vi na TV, fiquei impressionada como ele era da família, os mesmos traços. No entanto, família atrapalha um bocado também. Acho que se fossemos como algumas tribos, onde todos são família, sem os vínculos íntimos, seríamos mais felizes. Não concordo com a família célula social. A primeira família já começou desastradamente, Caim matou abel.

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  8. Era assim também no tempo em que meu avô estava entre nós, a família toda reunida, mas infelizmente minha familia não conseguiu o mesmo que a sua, hoje mal nos falamos, e o máximo que conseguimos é vez em quando nos esbarrarmos pela internet. Estou em endereço novo. Beijos.

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  9. Tivemos no máximo almoços e festas na casa da avó materna. Nada como esta tua descrição maravilhosa. E lá em casa, não me lembro uma única vez que meus pais tenham recebido alguém para comer, tinha nem lugar pruma mesa de jantar…
    Beijos!!

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  10. Esse post é um “paizão”. rsrsrsrs. São simplesmente lindos a clareza, os detalhes e a paixão dos seus posts. Impossível começar e não terminar.
    Vc é uma pessoa maravilhosa. Tb te amo, minha amiga. Obrigado por existir. 🙂

    SUUUUPER beijo. :-***

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  11. Isso foi emocionante mesmo. Impossível não sentir junto. Eu amo estar com minha família, é alegria garantida. Um dia eu te mostro, em off, um poema que fiz para meu pai. Eu lembrei dele por algumas coisas que você disse aí.
    Um beijo bem grandão.

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  12. Não segura mesmo, Mafalda.
    Agradeço a sua visita ao meu blog. Gostei muito de ler este texto. Era como se um filme passasse na minha cabeça e as lembranças do passado também. Meu pai não está mais conosco e sinto muito a sua falta, a sua presença física. Hoje ele habita o meu coração.

    É interessante como esses almoços de família mudam com o passar do tempo. Prefiro as lembranças de quando eu era criança e via tudo com olhos da inocência. Hoje em dia, as pessoas estão muito preocupadas com o trabalho, com a correria do dia-a-dia e se esquecem de conviver.

    E convivência é tudo na vida.

    Beijos e boa semana

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  13. Padecendo da mesma falta, me emocionei com sua narrativa. É fácil colocarmos nossas lembranças como o ideal e vermos nosso tempo presente como a degradação ou perda daquele ideal. Mas nossas lembranças quase sempre foram formadas por nosso olhar de criança, que percebia coisas diferentes e muito mais mágicas do que o olhar do adulto. Então é preciso agir como você, olhar para o nosso presente buscando a magia dele e não compará-lo com algo que não teremos mais. Beijocas

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  14. Li esse texto com lágrimas nos olhos, lágrimas que estão caindo agora. Porque não consigo deixar de sentir a tua dor, olhando para o passado e o presente, sem saber do que será o futuro. E não consigo deixar de sentir a minha, ao olhar do mesmo jeito. Se o amor não é a resposta, certamente é o caminho. Beijoca, com carinho.

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  15. Menina, este seu post me fez chorar…
    É complicado estarmos num lugar especial e cercado de pessoas que nos são caras, apesar de distantes. Ainda mais quando trazemos tantas lembranças, que parecem um tambor no nosso coração… se bobear até escutam! Em nós tudo ecoa… ensurdece…
    Mas que bom que vc é forte e decidiu ir. No fundo, sua mãe nem é tão boa no argumento assim, mas seu coração sim! Precisava ir…
    Um beijo imenso. Ainda emocionada… graças a vc!

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  16. aqui em casa tem criança correndo, gente se amando, pais ausentes, falatório, música, briga, diversão, comida boa… coisa de família mesmo. nem sei se tão poético e lindo como você descreveu… mas repito, como você, “que bom que é assim”!

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  17. Que texto mais gostoso de ler, Mafalda! Da família – nossa e de outros também – a gente extrai inúmeras histórias… divertidas, surpreendentes, tristes etc. É bom! Adorei de verdade e não é de hoje que faço propaganda dos seus escritos. Obrigada pela simpátiva visita ao Primeiras Estórias!!! Beijo grande.

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  18. Linda… quem leu isso e não chorou precisa ler de novo… quem leu isso e não viu pinceladas da própria vida, das próprias preocupações e dos próprios sonhos, precisa de mais atenção…

    Perfeito, lindo… e acho que o que em parte nos mantém vivos (ou aquecidos… não sei) é exatamente o fato de que “Existem laços que não se destróem, pessoas que não se afastam, amores que não se esvaem pelo ralo.”

    Definitivamente, vc é que é linda!

    Um beijo nesse coração sensível e poderoso!

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  19. oi Mafalda querida.
    Saudades de vc e de seu blog maravilhoso.Adorei seu texto, suas lembranças de almoços em família. Concordo com você. O passar dos anos faz com que tudo mude.A visão que temos de nossa infância parecem ser bem mais gostosas do que as atuais. Deve ser uma certa melancolia que nos leva a isto. Hoje em dia tudo anda tão difícil que não temos mais tempo para sentir a delícia de um momento feliz.

    Beijos e um ótimo fim de semana

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