CRIANDO UM MONSTRO

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por… Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade? O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: “ela não quis falar comigo”. A garota disse não, não quero mais falar com você. E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados. Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19. Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha. Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida. Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá. Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador conversasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram. Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de nãos. Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças. Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ). Pessoas têm medo de dizer não aos amigos. Noras que não conseguem dizer não às sogras, chefes que não dizem não aos subordinados, gente que não consegue dizer não aos próprios desejos. E assim são criados alguns monstros. Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, “não posso traumatizar meu filho”. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos. Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias. Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer não, você não pode bater no seu amiguinho. Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos. Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei. Não, você não vai passar a madrugada na rua. Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação. Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos. Não, essas pessoas não são companhias pra você. Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate. Não, aqui não é lugar para você ficar. Não, você não vai faltar na escola sem estar doente. Não, essa conversa não é pra você se meter. Não, com isto você não vai brincar. Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer – é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora – e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

150 comentários sobre “CRIANDO UM MONSTRO

  1. Seu artigo é excelente. É a expressão exata do que eu sinto e creio firmemente. Gostaria muito que os pais se apropriassem da dádiva que Deus deu de termos filhos e educá-los , dentro do padrão estabelecido por Deus que é justamente dar limites, falar “nãos” quando necessário e fazê-los entender que um “não” é expressão de amor.
    Parabéns e que Deus nos ajude a dizer muitos “nãos” quando necessários forem. Quando se dizer um “Não” adequadamente tem de sustentar o “não” até o fim .
    Um grande abraço
    Magner – SJC – SP

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  2. Olá

    Li seu texto graças ao Professor Felipe Aquino, que é uma benção na Igreja Católica Apostólica Romana, e quando a recomendação parte dele, só pode ser coisa boa.

    Seu texto é muito lindo!

    Eu adorei!

    Um beijo!

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  3. Muito interessante seu texto só não digo que é um achado pois percebo que vem de uma pessoa intelectual,não foi por acaso.
    Concordo com tudo que vc falou e acrescento ainda mais, faltou vergonha na cara de pessoas que comanda a midia desse país que só pensam em ibope ( que pena que acabou né) só pensam em faturar custe o que custar, acaba uma tragédia vão atrás de outra, verdadeiros abutres.
    E quanto ao texto, sobre os “NÃOS” da vida , foi o mais me a chamou a atenção pois isso é uma grande verdade , quem não aprende desde pequeno a ouvir não, certamente vai sempre reagir mal quando for contrariado com um não. e dependendo da criação que teve fica totalmente sem limites.
    Parabéns por essas ideias e obrigada por publica-las.

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  4. Gostei do texto, porém descordo quando diz: “Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19.”
    Eu aos 11 anos de idade namorei um cara de 19, e não vejo nada demais nisso!
    A idade creio que não seja o problema, mas sim o fato dele ser pertubado sei la.. ele deve ter algum problema mental!
    Agora, do mesmo jeito que um cara de 22 fez isso na ex de 15 (16 não sei) poderia ter sido um de 22 na ex de 22 tbm, não sei se te fiz entender!
    Bom, creio que seja isso..
    Beijos

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  5. Cara Amiga!
    me junto aos demais que elogiaram seu magnífico texto.Tanto que, peço autorização para usá-lo no livro que estou escrevendo com a ajuda dos internautas,um dos quais,me enviou seu texto.Meu livro chamar-se a: Brasil, Viagem ao fundo do Poço”(e este poço tem subsolo….que fala sobre a decadencia ética,moral e dos bons costumes do nosso povo.Após a Abertura ampla geral e irrestrita, foram dados inúmeros DIREITOS a todos, mas quase nada de OBRIGAÇÔES!Os limites foram deixados de lado, e as inversões de valores proliferaram.Se não houverem mudanças drásticas,iremos para uma completa destruição da estrutura familiar.
    PS: Não sou puritano,crente,beato,xiita,etc…apenas um cidadão indignado ao ver filhos e pais se matando, adroga e a bebida corroendo nossa juventude,lares desfeitos,etc,etc,etc.

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  6. Mafalda, parabens!
    Você com este texto fez valer a educação que dei aos meus filhos de 16 e 20 anos, muitas vezes fui condenado por exigir e colocar limites. Palavras de AUTORITÁRIO, CRICA, CHATO, RUIM, MALVADO, SEM AMOR NO CORAÇÃO……ETC..
    Obrigado por mostrar as pessoas que este é o caminho, e que nossos filhos são nossa responsabilidade e não responsabilidade da sociedade ou governo, professores.
    “CRIANÇA VÊ CRIANÇA FAZ”
    Um forte abra~ço, e obrigado
    Gabriel

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  7. Parabéns pelo texto, recebi de uma amiga no e-mail e vim até o site.
    Concordo plenamente com tudo oque diz, hoje está muito fácil uma menina de 15 anos ter até filhos.
    Não sei se os pais são os únicos responsáveis ou toda a informação que elas recebem, séries de tv que mostram como é lindo uma menina (criança) de 15 anos descobrir o “amor”.
    Enfim, é uma pena que precise acontecer coisas mostruosas pra se ter idéia da quantidade de meninas e meninos que estão perdendo uma parte maravilhosa da vida tentando ser mais velhos.
    Quem me dera ter pelo menos 20 anos a menos.
    Continue publicando suas idéias, cada um fazendo um pouco quem sabe abra os olhos de pais “liberais” demais.
    Um beijo

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  8. Assim como muitos já disseram: Eu estou aplaudindo de pé o seu artigo!
    Tudo que deveria ser falado, desde os pais aos policias, ao público, esta aqui neste texto.

    Quando soube que ela tinha 12 anos quando começou a namorar com um cara de 19, a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que: aos 12 eu estava brincando de boneca! aos 12 eu era uma criaça, corria e brincava de pique’s!
    Uma menina aos 12 é so uma MENINA, não tem cabeça, não tem maturidade de uma pessoa de 18, 19 anos! Por mais que ela seja ‘espertinha’ ou ‘madura para idade dela’.
    Se fosse assim, a maioridade não seria aos 18 anos….

    Eu acho que o maior erro desta história é o namoro deles.
    Pois eu sei que se fosse com uma jovem de 18, 19 anos, tenho certeza que ela mesma procuraria a polícia – dando queixa das ‘ameaças’ que foram feitas anteriormente, teria dado um jeito para se proteger, mas não… Ela não tinha a maldade certa, a maturidade correta para decidir…

    O que realmente tá faltando neste mundo é NÃO.

    Gostei muito do seu texto, alias, eu gosto muito do seu blog, mas sempre venho e nunca comento… Então aproveito e deixo os meus parabéns. Parabéns por escrever tão bem! Gosto muito de seus textos!

    Beijos! E mais uma vez parabéns!

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  9. Parabéns Karina.

    Texto sério, coerente, consciente e sem sensacionalismo.
    Assim como recebi, dividirei a leitura com outros colegas
    Que outros possam escrever tão brilhantemente como vc. E que passamos (todos nós) refletir e mudar.

    Parabéns!

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  10. MA-RA-VI-LHO-SO, maravilhoso, maravilhoso ! Desculpe usar essa palavra que é tão abusada no cotidiano, mas não tenho outra. Seu texto está perfeito. Que Deus a abençõe de ter escrito uma matéria tão profunda e consistente. Espero que as pessoas consigam absorver o conteúdo. “Muitos os chamados, poucos os escolhidos” – a mão de Deus está aí (no seu texto), mas nem todos aceitam. E olha que eu eu não sou freqüentador de igreja, viu ? Beijo no coração. Vou passar seu texto para todos os meus alunos !

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  11. AMEI TUDO Q VC ESCREVE, RECEBI O TEXTO CRIANDO MOSTRO SEM AUTORIA COMO NÃO ME CONFORMO COM ISSO. FUI FAZER UMA PESQUISA PARA ACHAR A AUTORA. E ENCONTREI UMA ALMA QUE DIZ TD QUERO DIZER!!! NÃO SOU ESCRITORA NEM POETIZA. NEM TENHO FORMAÇÃO MUITO MENOS PRETENSÃO. RABISCO PARA ALIVIAR MINHA ALMA… E ALIVIA REALMENTE ACALMA… GANHASTES UM FÃ DE CARTEIRINHA. ( SE DESEJAR POSSO ENVIAR A VC O EMAIL COM A DEVIDA AUTORIA. JESUS TE AMA!!! NÃO RENEGUEM ESTE DOM… “FALE” DUTO Q SEU CORAÇÃO DITA. NEM JESUS AGRADOU A TODOS NÃO É MESMO? ENTÃO SIGA FIRME E FORTE. ESTAMOS CARENTES DE PESSOAS COMO VC.
    BJS NO SEU CORAÇÃO

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  12. Parabéns. Infelizmente esse texto não apenas mostra a realidade como ele não interessa para mídia pois não causa estardalhaço; E em educação o interesse em investir é cada vez menor. A exceção virou regra, o bonito hoje é não estudar, não ter educação e cada vez menos cultura, algo que o Brasil também está perdendo…

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  13. Pingback: Caso Eloá: Falta de “Não” « Thinking about…. just life…

  14. Simplesmente diante de tantos comentários sobre seu artigo faltam me palavras para descrever como senti ao lê-lo, voce conseguiu traduzir em um texto toda verdade em uma educação com valores que está se perdendo ao ser transmitida dentro dos lares de hoje. Sou professora também tenho dois filhos e nunca omiti um NAO quando julguei necessário, agora estou colhendo os frutos dos meus NÂOS com muito amor pois ao dizer NÃO eu demonstrava Amor pelos meus… Bjkas!
    Já inclui seu blog nos meus favoritos e sempre darei uma passadinha por aqui…

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  15. Eu fui uma das muitas que recebi um email com este artigo, e quando li, vi que ele expressa o que penso. Gosto muito do seu jeito de escrever, uma vez ja comentei aqui, me identifico com oque vc escreve.
    Trabalho com um grupo de adolescentes, e numa das muitas reuniões, diante da pergunta: O que está faltando na educação que seus pais lhe dá? – a resposta foi surpreendente, maioria absoluta dos jovens infratores falaram que faltava “limite”, o famoso “não”, consideram que esta seria uma maneira dos pais demonstarem amor, cuidado para com eles…acho que está na hora de nós pais demonstrarmos o quanto amamos nossos filhos dizendo “não”: não vá, não faça isso, você não pode, você não deve…e tudo isso porque te amo!
    Parabéns, continue escrevendo…

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  16. Salve!!!!!
    Salve!!!!
    Alegria e felicidade sempre…
    Olha menina moça senhora….
    A inteligência demonstrada no texto é simplesmente maravilhosa. Sou Professor do Ensino Fundamental e Médio em uma escola pública de Santa Catarina, e diria de qualidade (os professores e alunos dão tudo para isso) e tenho trabalhado com meus alunos o título em questão… É maravilhoso ver e sentir como nossos pequenos (e grandinhos) concordam com o que escreveste.
    Deveria ir a Brasília, no congresso nacional e no Palácio do Planalto e entregar uma cópia a cada Parlamentar e Governos estaduais, aos deputados(as) de sua Assembléia Legislativa e das outras, aos vereadores(as) e Prefeiros(as), para dizermos NÃOS bens sonoros sobre muito do que acontece por aí.
    Ah, ia me esquecendo (queria falar tanto) que cada pessoa neste maravilhosos mundo pudesse ler seu texto e fazer uma boa interpretação de como ser pai, filho(a), mãe, avós, irmãos(ãs), amigos(as), marido, mulher, companheiros(as), etc.
    Seu texto é lindo, ou melhor, quase perfeito…
    Parabéns…
    Quanto ao seu blog mafaldacrescida, diria que aescolha do nome é fantástica…
    Quero te desejar felicidades, PAZ e LUZ.
    Abraços serranos….

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  17. Bom dia, acabei de abrir meu e-mail e recebi seu artigo “criando monstro”. Sou radialista e gostaria de lê-lo no meu programa nos domingos às 13:00 (sem horário de verão) na Fm Pe Cicero 104,9. http://www.radiopadrecicero.org.br.
    Parabéns, isso é tudo o que gostariamos que todos entendessem que um simples “não”, pode salvar vidas e ensinar para o futuro… VOU DIVULGAR SEU BLOG… ABRAÇOS…

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  18. Cara Mafalda (faz de conta…)
    Sou professor universitário e um antigo fã da Mafalda (por isso é a ela que escrevo). Desde bem mais novo, li tuas éstórias e tuas revoltas contra a hipocrisia e tua aversão à sopa me encantaram e conquistaram. Agora, embora continue a ler teus quarinhos eventualmente, encontro uma variação da Mafalda que certamente orgulharia Quino.
    Não quero e nem sou burro de querer que exista unanimidade sobre teus comentários, mas gostei do que li e virei freguês do teu Blog.
    Parabens pelos teus “escritos” e obrigado por dedicar um tempo teu para assuntos tão importantes.

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  19. Fiquei bastante emocionada qdo recebi este texto por emai. Veio como autoria de Sonia Carvalho. Postei no meu blog sem colocar nome e sem intenção de me tornar dona dele. Tenho uma filha de 11 anos e muito o que aprender ainda e mts NÃOS pela frente. O seu texto me fez refletir bastante em como venho na criação dela até aki, e como certeza algo vai mudar. Vou colocar agora mesmo o seu nome lá e o seu blog nos meus favoritos! No mais parabéns pelo blog! E continue nos brindando com mais textos! Até!!

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  20. Parabéns pelo texto “criando monstros”… recebi por email e adorei. Você disse tudo. Tenho dois filhos pequenos e sei da importância do dizer o “não”. O que às vezes nem sempre é fácil dizer um não e ver lágrimas nos olhos de nossos filhos, mas extremamente necessário, para que eles saibam que o mundo não gira em torno deles. Vc tá de parabéns! Vc já está nos meus favoritos.. vou consultar sempre. Beijinhos..

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  21. Olá, Karina. Sou jornalista e radialista em BH e recebi o seu texto por um email. Claro, repassei de monte. Excelente. Gostaria que soubesse que vou utilizá-lo em meu próximo programa de rádio (Rádio Comunitária Taquaril FM) como exemplo de que – apesar de tudo o que vivemos – ainda existe a possibilidade de revertermos ou minorarmos a situação, porque está apenas nas nossas mãos. A sua sensibilidade produziu um texto que está na garganta de todos. parabéns.

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  22. Parabéns pelo texto! Fatástico e dispensa comentários! Recebi seu texto q foi parar na pasta spam, sorte minha lê antes d apagá-lo. Sou educadora e tarbalho tbm com uma disciplina chamada relações humanas no ensino medio(q dado a sua importância, todas as escolas deveriam ter, e em todas as series) onde dispensamos tempo falando do processo evolutivo para sermos pessoas melhores. Com certeza levarei seu texto pra compartilhar e refletir onde estamos errando e onde podemos melhorar.
    Vc expressou com muita clareza as inquietações de muitas pessoas!

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  23. Karina….não, não, não, a sociedade, sempre vai ter seu lado ruim, textos como esse só servem para que depois de feita a idiotice, de um idiota (claro), que cresceu sem saber o que era “berço”. Acredito que a índole nasce com a pessoa, e que se realmente uma mãe como essa não tivesse deixado a moça namorar com a idade que teve, talvez, ou não, teria acontecido o que aconteceu. O cara queria mais “IBOPE”, agora dizer que um Não de certa forma teria resolvido ? Pessoas crescem sabendo o que é certo e o que é errado, se ele é um idiota, é apenas mais um…paciência, o mundo está cheio deles, não acredito em nada que condiz no texto, fui criado livre. Não ? Alguns, confesso, mas nunca deixei de fazer o que eu sempre quis, e nem por isso, vou sair matando todo mundo por falta de um amor mal resolvido. Ah, um adendo, “contrariar, sempre é bom”

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  24. Parabéns!!!!!! Falta regra e pulso….. parece que os Pais tem medo…….dos filhos. As vezes me pergunto….será que estou errada? Agora sei que alguém compartilha o mesmo pensamento comigo!

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  25. Cara amiga Mafalda,

    O seu texto é lindo e muito bem escrito. Não iria ter o prazer de ler você se não tivesse lido uma opinião publicada num jornal do Município de Valparaíso de Goiás, estado de Goiás.
    O editor publicou texto como se fosse dele ainda assinou. O texto que me referido trata-se do seguinte: CRIANDO UM MONSTRO. Publicado no Jornal do PLANALTO – Ano III – Edição número 40 – 2ª quinzena de outubro de 2008 – Página 2.
    Estou me colocando a disposição da amiga e desponibilizando até advogados para que você coloque o mesmo na justiça.
    Abraço forte e até a próxima
    Dimas Ferreira – Jornalista – 03.11.08

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  26. Amei a mensagem, na verdade concordo perfeitamente! Meus pais sempre me deram nãos e eu aprendi a ter limites, mesmo assim realmente é difícil dar e receber nãos, mas é preciso! Dá limites! O problema é que hj essa história de modernismo tem derrubado pilares da moral e bons costumes e algo sem base não sustentação e assim tem sido a sociedade, as pessoas, os costumes sem raízes, sem fundamentos, sem chão, sempre tudo muito efêmero.

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  27. Olá..realmente..aplaudi quando li seu texto…
    Vi como eh essa realidade..
    Reclamar dos pais eh fácil…{os meus dizem naUm}
    MAs..realmente,quando vi esse caso..Vi o quanto valia o não da minha mãe…
    E agradecii..MesMo…
    E vi que é uma questão dos proprios adolescentes também verem…se espelharem em casos assim…
    Por achu q apartir do momento em que assumimos um relacionamento..temos que arcar com as consequências!!!E se eles se acham maduros..Que quebrem a cara..jah que não tem pais com pulso p cuidar de seus filhos!!

    Entra no meÔ blog!!

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  28. Karina, você mais uma vez está passando pelo mal de texto sem autoria! Triste ver que velhos hábitos perduram nessa rede, dessa vez seu texto é distribuido como artigo da Dra. Isabel Alves, professora de psicologia e atuante no Centro de Apoio e Defesa da Cidadania-RJ e dizem publicado no JB.

    Já avisei aos blogs que estavam com essa informação de que foi você quem escreveu. Bjs

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  29. Pois é, eu recebi o texto por e-mail, creditado à Dra. Isabel Alves, e reproduzi no meu blog dando a autoria a ela. Mas já estou alterando, avisada pela Patrícia!
    Espero que você entenda que não tive a intenção de prejudicá-la.

    Um abraço,

    Bel

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  30. Nosaaaa….

    muito bom esse artigo,apesar de eu ser uma adolescente,muita das vezes ,mereço escutar uns nãos do meus pais para eu aprender….talvez seja por isso que eu nunca tive corajem de desobedecer ,de responder….
    É diso que precisamos(adolescentes e crianças) de alguns nãos para sermos preparados para situações que não esperamos…..

    ;p AdOrEi!!!

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  31. É isso mesmo Mafalda…… Como podem estes pais, concordarem com uma injustiça destas, Dizer que não guarda mágoas do ASSASSINO da própria Filha, aí ela soube dizer que não, que NÃO….
    Porque ela não disse não a 3 anos atrás, será que ela já tinha o direito de fazer o que queria,?
    Sei que muitas vezes é difícil dizer não, Mas a realidade tá aí, eu não obdeci aos nãos que ganhei na vida, e apanhei muito,
    GOSTEI muito de conhecer o seu BLOG, e gostaria muito, de saber se você tem Orkut, ou msn e poder conversar com vc, pois concordo com todas as suas palavras, parabéns pela sua inspiração.
    DEUS te abençõe
    Beijos

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  32. Prezada Professora,

    O artigo acima sem dúvida faz-me lembrar do livro “Quem Ama, Educa”, de lavra do psiquiatra Içami Itiba, sobretudo quando nos recomenda acerca de que nós “não criamos seres humanos, mas o educamos”. E educar, sem dúvida, pressupõe transmitir um amor consciente, onde o “não” e o “sim” fazem parte de um processo de socialização do ser, a partir das primeiras referências educacionais recebidas dentro da família, pelos espelhos dos pais, numa força natural e intransferível de se transmitir valores irreversíveis para com a formação da personalidade humana.
    No dia seguinte ao triste e traumatizante desfecho da ação policial, produzir um humilde artigo intitulado “Procura-se um culpado para o caso Eloá versus Lindemberg”, cujo final procurei tomar cuidado sobre as origens primárias do mundo desenfreado de permissiblidade, sem responsabilidade, no processo de formação das novas gerações, no contexto pós-moderno, principalmente quando tudo se resume ao mundo físico do ter em detrimento do ser, mais expressivamente na questão da própria coisificação dos humanos em suas simples e complexas jornadas de vivência pela Terra.
    Adorei, tb, acerca da finalização do seu artigo, quando bem foi colocado que “…acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre…”, pois a acepção mais profunda da extração interpretativa dessa frase, a meu ver, trata-se da liberdade com responsabilidade para a vida, onde, todos, sem exceção, de “braços dados ou não”, passem a se respeitar num verdadeiro clima de tolerância impresso em seu ser mediante os “sim” e “não” recebidos dos pais e da sociedade como um todo, em todo o processo de formação da personalidade humana.
    Parabens!
    Sebastiao Uchoa-São Luís/Maranhão-uchoa39@yahoo.com.br

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  33. Prefeito!

    Esse seu artigo deveria ser publicado na midia para que todos possam entender o valor de um NAO na vida pricipalmente de uma crianca e de quem nunca teve o NAO certo na vida.

    Moro em Dallas-texas USA, e aqui e o que se ve demais todos os dia na TV e pessoas que nunca ouviram NAO, cometendo crimes barbaros…

    Venho acompanhando esses terriveis crimes que vem acontecendo e divulgado no Brasil.
    Acompanhei essa tragedia pela TV internacional que temos em casa, fiquei mais estarrecida por ser dentro do meu Pais amado e idolatrado….

    Parabens pelo seu artigo, tem que ser entrege as autoridades competentes e ser divulgo para o MUNDO.

    Abraco.

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  34. Deveriamos ser preparados para a VIDA em uma sociedade. Quando somos preparados para o nosso “mundinho” é isto que dá…..

    Parabéns, adorei virei sua fã.
    Angélica

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  35. PARABÉNS PELO ARTIGO RICO EM INFORMAÇÕES, PRINCIPALMENTE PARA OS PAIS QUE ADERIRAM AO MODERNISMO, QUE TÊM MEDO OU PENA DE DIZER NÃO AOS FILHOS, QUE ENCHE-OS DE PRESENTES PARA SUPERAR A AUSÊNCIA DO TRABALHO ETC. CONCORDO PLENAMENTE EM TUDO QUE ESTÁ ESCRITO. PELA PRIMEIRA VEZ, ME INTERESSEI EM RESPONDER A AUTORA DENTRE TANTOS TEXTOS QUE ME ENVIARAM ATÉ HOJE. COM CERTEZA, ESSE É NOTA 10. SE VC TEM ALGUM LIVRO PUBLICADO A ESSE RESPEITO, MUITO ME INTERESSA PQ TENHO DOIS FILHOS E TEM HORA EM QUE NECESSITO DE ALGUMA ORIENTAÇÃO.. ABRAÇO E FICA COM DEUS

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  36. PARABÉNS!!!
    Sou educadora e penso exatamente como você. Limites, essa é palavra que esta faltando nas famílias brasileiras hoje. O que se esperar de uma família que precisa de uma super Nany para controlar crianças???
    Você mandou muito bem… Virei sua fã, não só pelos textos que escreveu, mas pelas respostas dadas aos emais recebidos. Não desista nunca, quem não gosta de seus textos porque os lê???
    Com carinho
    Silvya Souza

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